DONKA uma carta a Tchekhov

Foto por: Viviana Cangialosi

Escrito e dirigido por Daniele Finzi Pasca, o espetáculo homenageia Anton Tchekhov, trazendo à cena clowns, músicos e acrobatas para festejar os 150 anos do nascimento do autor, que além de escritor e dramaturgo era também médico e pescador. Em Donka – nome da sineta usada na extremidade das varas de pescar, na Rússia – são criadas situações e imagens insólitas a partir de fragmentos da vida e obra do escritor russo. Como clowns/narradores dessa história, o elenco transita entre diversos personagens e universos de suas obras.

Donka é uma realização da Companhia Finzi Pasca em parceria com Tchekhov International Theatre Festival, e foi co-produzido pelo Théâtre Vidy-Lausanne. A montagem, que estreou em Moscou no dia 29 de janeiro de 2010, data em que se comemoraram os 150 anos de Tchekhov, esteve pela primeira vez no Brasil em agosto de 2010, em São Paulo, no SESC Pinheiros e em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, abrindo o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua. Em agosto de 2011 o espetáculo voltou a se apresentar em São Paulo, no SESC Pinheiros e no SESC Santos. Donka já se apresentou no Piccolo Teatro Di Milano [Itália], em Montreal [Canadá], no Festival de Teatro de Perth [ Austrália], no Festival de Guanajuato [México], no Festival de Recklinghausen [Alemanha], no Festival de Dublin [Irlanda], no Festival de Teatro de Bogotá [Colômbia], e em outras várias cidades da Europa e América Latina, como Panamá, Montevidéu, Londres, Madri, Bilbao, Vallaidolid, San Sebastian, e diversas cidades na França e Itália.

Em 2012 Donka volta ao Brasil, com apresentações no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, do dia 26 a 29 de julho e estreia no Rio de Janeiro dia 01 de agosto com curta temporada até dia 04 de agosto, no teatro Carlos Gomes.

texto e direção: Daniele Finzi Pasca
elenco: Moira Albertalli, Karen Bernal, Helena Bittencourt, Félix Salas, Andrée-Anne Gingras-Roy,
elenco: David Menes, Beatriz Sayad, Rolando Tarquini
música e orquestração: Maria Bonzanigo
diretor de criação: Antonio Vergamini
cenografia e acessórios: Hugo Gargiulo
colaboradora na criação: Julie Hamelin
figurinos: Giovanna Buzzi
concepção de luz e coreografias: Daniele Finzi Pasca
concepção sonora e coreografias: Maria Bonzanigo
designer de vídeo: Roberto Vitalini
concepção de maquiagem e colaboração nos acessórios: Maria Cristina Barbé Braga
concepção da Roda Cyr: Daniel Cyr
pesquisador e assistente de direção: Facundo Ponce de Leon
diretor técnico de turnê: Alexis Bowls
diretora de turnê e de palco: Andrea Caruso Saturnino
rigger: Jens Leclerc
cenotécnico: Lorant Voros
assistente à concepção sonora e técnico de som de turnê: Fabio Lecce
fotógrafa e artista gráfica: Viviana Cangialosi

produção e agenciamento no Brasil: Performas Produções Artísticas e Socioculturais.

Foto por: Viviana Cangialosi

“Eu venho de um teatro profundamente impregnado da linguagem dos palhaços, dos malabaristas, do mundo delicado e mágico da acrobacia. Como criador de uma trilogia de espetáculos junto ao Cirque Eloize (Canadá), nossa escolha não foi a de contar Tchekhov, mas de a de contar a Tchekhov como fora o encontro com sua obra e com o seu teatro. Uma carta a Tchekhov, subtítulo do espetáculo, é precisamente um modo de dizer que não falamos de Tchekhov, mas falamos para Tchekhov. Contamos o encontro do nosso mundo, do mundo da clowneria e do circo, com seu mundo… Buscamos os detalhes, as coincidências, as encruzilhadas entre Tchekhov homem de teatro, médico, pescador. Tentamos ler as margens de seus escritos, suas notas, seus cadernos de anotações, tentamos escutar os sons de seus contos, as coincidências entre seu tempo/espaço e nosso tempo/espaço. Para realizar este projeto eu me cerquei de cúmplices de sempre, de criadores com os quais colaboro há anos, dividindo não somente uma estética e um modo de conceber o teatro, mas também o modo apaixonado de defender nosso mundo imaginário. Tchekhov gostava de pescar, e fazia isso para pensar e refletir tranquilamente. Alguns peixes se pescam nas profundezas, sem utilizar bóia, mas fixando uma sineta na extremidade da vara. Donka é o nome de uma destas sinetas, um destes instrumentos com os quais Tchekhov se preparava para a meditação.”

Daniele Finzi Pasca

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Foto por: Viviana Cangialosi

Daniele Finzi Pasca [Lugano 1964]
É diretor, autor, coreógrafo e clown. Em 1983, fundou o Teatro Sunil, companhia na qual elaborou uma nova visão do clown, da dança e do jogo junto a Maria Bonzanigo e seu irmão Marco, concepção que eles batizaram de “teatro da carícia”. Criou 25 espetáculos, dentre eles, Ícaro, monólogo escrito em 1991, que foi apresentado mais de 700 vezes, em seis idiomas diferentes. Em 2000, é convidado pelo circo canadense Éloize e retorna ao mundo do circo, escrevendo e dirigindo Nomade, Rain e Nebbia, este último uma co-produção do Teatro Sunil e Circo Éloize. Em 2003 ele é chamado pelo Cirque du Soleil para fazer a criação e direção de um espetáculo e dois anos mais tarde estreia Corteo. No ano seguinte ele assina a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim. Em seguida, o Festival internacional de teatro Tchekhov de Moscou convida-o a criar um espetáculo para a abertura das festividades da edição de 2010, na comemoração dos 150 anos de nascimento do célebre autor russo: Donka – uma carta a Thcekhov, que estreou dia 29 de janeiro de 2010. Paralelamente, funda com Julie Hamelin a Inlevitas Produções, uma nova companhia consagrada no desenvolvimento de projetos de ópera e cinema, entre outros. Em 2011, o Teatro Sunil uni-se à Inlevitas Produções e nasce a Companhia Finzi Pasca.

Anton Pavlovich Tchekhov [29.01.1860 – 15.07.1904]
Foi um dos principais contistas e dramaturgos russos, além de médico. Muitos dos seus contos são considerados pela crítica como a apoteose desta forma de expressão, enquanto sua carreira como dramaturgo, embora curta, teve profundo impacto na literatura dramática mundial. Tchekhov influenciou vários dramaturgos, sobretudo no uso do humor, da trivialidade evidente e da inação para destacar a psicologia interna de seus personagens. Entre suas principais peças, encenadas em praticamente todos os continentes estão A Gaivota, Tio Vânia, As Três Irmãs e O Jardim das Cerejeiras.

Foto por: Viviana Cangialosi

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www.finzipasca.com
logos donka 2012